DEMOEX, SOCIEDADE ABERTA E LEGÍSTICA (E DE SUA RELAÇÃO COM UNAÍ)

27/11/2010 at 6:37 19 comentários

Creio que poucas pessoas ouviram falar de demoex, ou democracia experimental. Trata-se de um partido político, surgido na Suécia durante um seminário de tecnologia da informação.

Trabalha o demoex com o conceito de democracia direta eletrônica, com votações pela internet, em contraposição ao nosso modelo de democracia representativa, em que o povo é consultado uma vez a cada quatro anos.

O partido conquistou uma cadeira na Câmara Municipal de Vallentuna, em 2002.

O Vereador (na verdade, uma vereadora, estudante eleita com 19 anos) não vota de acordo com suas convicções, nem de acordo com as instruções de seu partido: seu voto oficial na câmara municipal depende do resultado de uma votação online, que é realizada previamente no website do Demoex (http://demoex.net/). Qualquer residente de Vallentuna que tenha completado 16 anos pode se registrar no site, e participar das votações; qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, pode participar dos debates (se souber escrever em sueco).

Quer dizer que, usando uma ferramenta tecnológica, o demoex conseguiu implantar um modelo de democracia direta naquela Câmara Municipal, que permite a participação de qualquer pessoa maior de 16 anos. É um modelo totalmente inovador, diferente do sistema tradicional que nós conhecemos.

O demoex valoriza o conceito de sociedade aberta, considerada aquela cujo governo é transparente, induz a participação popular, porque leva em conta as diversas correntes de opinião existentes na sociedade, descarta qualquer forma de segredo (valorizando a publicização de seus atos e decisões) e está sujeita a efetivo controle social.

E quanto à legística, esta é a ciência que trata da qualidade da lei. Trabalha com a ideia da construção de boas leis para o bom direito. A legística impõe, necessariamente, uma maior participação popular no processo legislativo, porque por meio dela as leis deixam de ser produzidas nos gabinetes para resultarem da manifestação da vontade dos cidadãos.

Vocês podem estar se perguntando: tudo isso é muito interessante, mas e daí? O que isso tem a ver com a gente?

E eu digo: vocês já imaginaram os vereadores de Unaí tomando decisões não em razão de suas convicções pessoais ou partidárias, mas em razão do resultado de uma enquete em que a população opinasse sobre o assunto em votação? Se não, visitem o site http://www.votenaweb.com.br/ e vejam como isso é possível.

Vocês já pararam para pensar em um governo totalmente transparente, em que o cidadão tenha pleno acesso às informações (em que os atos administrativos e legislativos sejam realmente publicados, em sua inteireza, como pressuposto de sua vigência e validade)? Um governo que lhe permita interagir, opinar sobre aquilo que lhe interessa ou que interesse ao seu bairro, sua comunidade ou seu grupo? Conseguem conceber um governo em que o cidadão conte com uma série de serviços disponíveis na internet?

Seria um sonho um governo, usando a tecnologia da informação, consultar os cidadãos sobre políticas públicas ou as ações que pretende implementar? É utopia imaginar um sistema em que os cidadãos possam participar de fóruns com os seus representantes, discutindo temas de interesse geral?

É inconcebível a participação dos agentes políticos, especialmente, os vereadores, em debates com a população pela internet? Esses canais de interlocução não são um meio de legitimar a tomada de decisões e de aproximar os representantes dos representados?

E melhor: o que vocês acham de as leis serem feitas mediante a efetiva participação do cidadão, ou seja, de as leis refletirem exatamente o que pensa e o quer a maioria da sociedade? Já não teríamos mais o problema das leis que pegam e das leis que não pegam e nem necessitaríamos usar os mecanismos caros de exercício direto do poder como o referendo e o plebiscito.

Em plena era da tecnologia da informação, da internet, da convergência de mídias, o que assistimos em Unaí? Um governo que não é transparente, cujas decisões são centralizadas, tomadas por uma ou duas pessoas, que não disponibiliza praticamente nenhum serviço para a população pela rede mundial de computadores. Uma Câmara Municipal que não avançou muito nessa área, cuja maior façanha na internet é divulgar os e-mails dos vereadores e os vídeos de suas sessões. Uma Câmara em que o cidadão ainda é um mero receptor, um expectador passivo. Não digo que a Câmara não tenha avançado, mas não deu o passo que precisaria ter dado.

O que estou dizendo pode soar muito abstrato e filosófico. Mas, nos tempos modernos, é tema que merece discussão e debate. Já temos tecnologia para implantação desses modelos. Basta lembrar que a cidade de Belo Horizonte elaborou um orçamento em que as obras foram definidas em votação pela internet, na gestão do Prefeito Fernando Pimentel.

Em tempos de greve do funcionalismo, clientelismo e fisiologismo do governo, inclusive em questões tributárias, em manietamento da Câmara Municipal, o tema que proponho discutir interessa, sim, a todos nós.

Vejo muitos amigos discutindo nomes de candidatos para as próximas eleições. Tive a oportunidade de dizer a um leitor amigo que, na minha concepção, mais importante do que os nomes são as ideias.

Por isso, não sei se é interessante apoiar candidatos que se propõem realizar o velho e bom feijão com arroz da administração, com as mesmas práticas administrativas que conhecemos há décadas, e que são tecnológica e ideologicamente atrasados. Unaí já não merece governos assim.

Esse é o paralelo que faço entre demoex, sociedade aberta e legística. Talvez fosse hora de a gente começar a pensar nesses temas. Tenho certeza que muitas coisas mudariam, para melhor, na Administração Pública Municipal.

Entry filed under: Notícias e política.

TEMPO DE PÃO DE QUEIJO, UAI! JUSTIÇA FEDERAL EM UNAÍ

19 Comentários Add your own

  • 1. Adriano  |  27/11/2010 às 9:42

    Primeira vez que ouço falar, mas a idéia é muito interessante, com um sistema assim teremos a democracia fortalecida, elevada. Um vereador votando contra uma convicção pessoal, mas a favor daquilo que a população deseja. E, apesar de muito inovadora, a idéia não é difícil de ser implantada, basta alijar velhos preconceitos e se ter em mente que “o poder emana do povo”, esse é o substrato maior da democracia.
    Abraço, bela matéria.

    Responder
    • 2. Paulo Gilberto Alves de Sousa  |  27/11/2010 às 10:22

      Todos nós sabemos, Adriano, que a democracia representativa está em crise em todo o mundo. A internet pode ser o caminho para resgatar a ideia da democracia direta. Ela permite isso. Precisamos é rever os nossos conceitos. Muitas iniciativas assim estão sendo adotadas mundo afora.

      Responder
  • 3. teste  |  27/11/2010 às 13:45

    Concordo plenamente que precisamos caminhar nessa direção, e para começar esse processo, é preciso que todos os atos administrativos sejam de fato publicados por meio eletrônico, e que tanto o Executivo como o Legislativo, disponibilizem ferramentas que permitam a interação entre os próprios cidadãos e de cidadãos/com seus representantes (Forum), onde todos possam debater assuntos relacionados a cidade, sugerir melhorias para a administração, apontar projetos que deram certo em outras cidades e que poderiam ser copiados por Unaí, sugerir projetos de lei ao legislativo, enfim, criar um canal que possibilite centralizar os debates e as informações.
    A Câmara Municipal de Unaí deveria disponibilizar, no seu sistema de divulgação de projetos de Lei, algo semelhante ao que faz o site http://www.votenaweb.com.br, para que os cidadãos possam comentar os projetos de lei e votar favoravelmente ou não. Dessa forma os Vereadores teriam essa informação importante na hora de votar pela aprovação ou não dos projeto de lei.
    Buscando informações referentes ao sistema Demoex, encontrei algumas coisas interessantes:
    1- Blog de um indivíduo que é empolgado com essa idéia tb. Ele escreveu algo no blog que reflete o que foi discutido aqui, veja: http://helderribeiro.net/?tag=demoex
    Penso que quando ele escreveu esse artigo não devia existir o site votenaweb. Se bem que o votenaweb é software proprietário.
    2- Os comentários desse post tb são muito interessantes: http://softwarelivre.org/democracia-direta-ja
    3- Existe uma iniciativa de Partido da Democracia Direta. Ele prega um legislativo especializado, veja: http://democraciabrasileira.org/um-novo-brasil/o-projeto.html

    Precisamos caminhar nessa direção, se realmente desejarmos a tão sonhada participação popular na política. E fazer acontecer algo assim em um Município, certamente é menos difícil do que no âmbitos da União e dos Estados.

    Responder
    • 4. Paulo Gilberto Alves de Sousa  |  27/11/2010 às 15:23

      Teste,
      Essa é a concepção que eu tenho. Creio que é perfeitamente possível a utilização dessas ferramentas. É claro que é um jeito novo de se praticar o exercício do poder, mas que tem o mérito de aproximar os representantes dos representados e de tornar mais eficaz a tomada de decisão. Aproveito para agradecê-lo por me informar sobre o Demoex.

      Responder
  • 5. José Luiz  |  27/11/2010 às 15:03

    Breve teremos gestores eletrônicos, seja para elaborar as regras, seja para fazer cumprí-las e prá julgá-las. Não vamos precisar eleger ninguém e os três poderes poderão ser concentrados num super servidor. Ligados à ele, via internet, estações-burras orientando, regrando, aconselhando, fiscalizando, julgando as contas.
    Será a suprema democracia, sem responsáveis diretos. De vez em quando vai ser necessário trancafiar alguns mainframes e banir alguns sistemas operacionais e aplicativos incompetentes, mas tudo bem.

    Responder
    • 6. Paulo Gilberto Alves de Sousa  |  27/11/2010 às 15:26

      José Luiz,
      Eu acredito sinceramente que vamos caminhar para um sistema de democracia direta. No curso de pós-graduação em Poder Legislativo, os professores do Departamento de Ciência Política da UFMG nos alertavam para a crise da democracia representativa e a revolução que a internet está proporcionando, porque ela possibilita, pela primeira vez na história, que o cidadão possa opinar e decidir diretamente. Já não há mais barreiras físicas, geográficas ou demográficas que impeçam a adoção desse modelo.

      Responder
  • 7. teste  |  27/11/2010 às 15:36

    Paulo, outra questão interessante é sobre projetos de lei de iniciativa popular. Na lei orgânica de Unaí, estabelece que é necessário 5% do eleitorado para que o projeto seja apreciado pela Câmara Municipal. Eu não sei se jurídicamente falando,é legal a subscrição de projetos de lei de iniciativa popular por meio de assinaturas eletrônicas, e se for possível se é necessário a mudança da legislação municipal para que seja previsto esse mecanismo.
    Referente a esse assunto, encontrei na Internet uma ONG de Curitiba que tem como objetivo justamente propor projetos de lei por iniciativa popular, sendo que o primeiro projeto apresentado por essa entidade é relacionado a Mobilidade Sustentada Urbana (Lei da Bicicleta). Vi o site deles, mas não concordei em relação a não existir mecanismos de interação para discussão do projeto a ser votado. (Talvez tenha esse mecanismo quando se clica em votar, mas não cheguei nesse ponto, até porque não sou de Curitiba) O site da Entidade é:
    Página Inicial: http://www.votolivre.org
    Quem somos: http://www.votolivre.org/cgi-local/votolivre/quemsomos.pl

    Obs: em uma notícia um advogado mencionou: O único empecilho que esse tipo de iniciativa pode ter, segundo o advogado Flavio Pansieri, presidente da Academia Brasileira de Direito Constitucional, é quanto à validade dos votos pela internet. “Se não tiver certificação digital, ele não será oficial.

    Notícias sobre esse projeto:
    1- http://www.parana-online.com.br/editoria/politica/news/463860/?noticia=INICIATIVAS+POPULARES+ATRAVES+DA+INTERNET
    2- http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1028478&tit=Site-vai-incentivar-pedalada

    Eu acho que a legislação municipal, deveria ser mudada para permitir a assinatura de projetos de lei de iniciativa popular pela internet, inclusive tem projetos de lei na Câmara Federal que tratam desse assunto (acho que só no âmbito da União), veja o projeto apresentando em 2009 pelo Deputtado Paulo Pimenta PT/RS http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=425809

    Enfim, não cheguei a uma conclusão definitiva, mas penso que as coisas deveriam funcionar da seguinte forma:

    1- Ocorresse uma mudança na Legislação permitindo a subscrição de Projetos de Lei pela internet. A sociedade organizada através de entidades iria propor os projetos para que os cidadãos interessados assinassem.
    2- O Próprio Legislativo iria criar um mecanismo para que os cidadãos pudessem assinar os tais projetos propostos por essas entidades. Essa ferramenta possibilitaria a assinatura, ou simplesmente comentários dos cidadãos esclarecendo o motivo de não apoiar o projeto. Poderiam votar não, e mencionar motivo por essa decisão.
    Caso esse projeto conseguisse os 5% do eleitorado, a comissão da Câmara Legislativa analisaria o projeto, considerando os comentários contrários, e por fim, caso o projeto não necessitasse de mudanças, colocasse para votação.
    3- No final das contas, é a mesma idéia do projeto http://www.votenaweb.com.br a única diferença é a possibilidade real de assinar via internet os projetos apresentados por iniciativa popular, comenta-los, ou simplesmente não assinar e dar uma votação negativa.
    4- Lembrando que os cidadãos comuns (não representados por entidades) poderiam criar tópicos através do fórum para sugerir idéias de projetos de lei. O papel da entidade é criar o projeto de lei formal (já pronto).

    Entenderam?
    Acho que esse é o caminho. Não é de fato uma democracia direta, já que todos tem um papel nesse processo. Mas isso já incentiva e muito a real participação popular. Não tem como ter participação popular, se essa não é facilitada.

    Responder
    • 8. Paulo Gilberto Alves de Sousa  |  27/11/2010 às 15:56

      Teste,
      Desde que sejam respeitadas as normas gerais constitucionais referentes ao processo legislativo, o Município poderá adotar, sim, o projeto de iniciativa popular mediante assinatura digital ou eletrônica (internet), na forma do projeto de lei do Deputado Paulo Pimenta. Hoje, essa possibilidade não existe. Não vejo problema quanto à legitimidade, porque as assinaturas físicas, hoje, são presumidas como legítimas por meio de declaração de uma entidade (associação). No direito, a gente chama isso de presunção juris tantum. Além disso, existe órgãos de certificação digital. O que eu vejo é que há um movimento no sentido de usar cada vez mais a internet como ferramenta para o exercício do poder. Essas iniciativas são fabulosas.

      Responder
  • 9. teste  |  27/11/2010 às 18:17

    Lendo toda essa nossa discussão, me veio a mente aquele polêmico projeto de Lei por parte do Executivo Municipal, que estabelecia horários para funcionamento dos bares da cidade. Lembro que houve uma “grande” discussão sobre a eficácia desse projeto, se os bares abertos até mais tarde era realmente uma das causas de violência na cidade e etc. Fiz uma breve pesquisa na Internet sobre as discussões que houveram a respeito do tema, e encontrei um artigo no site maisunai (leia: http://www.maisunai.com.br/exibeAlbum.php?id=67), que menciona uma audiência pública que ocorreu na Câmara Municipal para debater o assunto. Mas o que venho a questionar aqui são as seguintes questões:

    1- Mesmo ocorrendo uma Audiência Pública sobre o tema, será que a população foi realmente escutada a respeito do Projeto de Lei? Será que todas as pessoas interessadas em assuntos da cidade, participam de audiências públicas? Será que todos os presentes podem se manifestar? vi no texto do maisunai que o regimento da Câmara Municipal proíbe manifestação do público em Audiências. Por isso digo da importância de sistemas como o http://www.votenaweb.com.br que certamente possibilitaria a todos os cidadãos Unaienses opinar sobre o projeto, dando aos vereadores uma importante fonte para tomar decisões (de acordo com a vontade popular).
    2- Audiências Públicas deveriam ser feitas pela Internet.

    Enfim.

    Responder
    • 10. teste  |  27/11/2010 às 18:42

      Fazendo mais buscas em relação ao assunto, encontrei essa notícia de 2008 no site da Prefeitura (veja: http://www.prefeituraunai.mg.gov.br/areas_interativas/noticias/banco_noticias_final.php?subaction=showfull&id=1228328055) relacionado ao Projeto de Lei que estabelecia o funcionamento dos bares na cidade. Engraçado que o Prefeito já demonstrava seu gosto de impor à sociedade normas através de Decretos (Típica atitude de ditadores).
      Outra questão: (90% da população poderia sim ser favorável ao projeto, mas não se deve questionar, se esse alguém é favorável a determinado projeto, sem que seja demonstrado tanto os argumentos contrários como os a favoráveis).
      Exemplo disso: De cara, eu poderia dizer que sou favorável ao projeto, mas ai vc ler algo como: http://www.camaraunai.mg.gov.br/espaco/internet-popular/vereador-jose-inacio-fala-porque-e-contra-a-lei-seca
      Logo eu mudaria meu ponto de vista.

      E reitero mais uma vez, e quantas vezes for necessário, a importância de mecanismos eletrônicos oficiais, para proporcionar discussões e servir de fonte para tomada de decisões.

      Responder
      • 11. Paulo Gilberto Alves de Sousa  |  27/11/2010 às 21:44

        Em qualquer discussão, o essencial é que haja feedback (para usar uma expressão dos especialistas em recursos humanos e outras ciências). Os fóruns eletrônicos, as enquetes e outras ferramentas que a internet viabiliza permitem essa interatividade. Se bem trabalhado, o cidadão pode ter acesso ao conteúdo do que está sendo objeto de deliberação, com os pontos positivos e negativos.

    • 12. Paulo Gilberto Alves de Sousa  |  27/11/2010 às 21:42

      Audiências públicas são um dos instrumentos de participação popular, como o são os fóruns técnicos e os seminários. Não penso que uma coisa exclua a outra. Evidentemente, à medida que mais pessoas vão tendo acesso à internet, seja em casa, seja na escola, no ambiente de trabalho, em espaços públicos ou em lan-houses, o mais recomendado é que ela seja utilizada como ferramenta preponderante para colher a opinião da sociedade. No caso do projeto mencionado, se eu não estou enganado a maior participação foi justamente dos comerciantes, ou seja, dos donos de bares. Não houve participação dos cidadãos comuns. Isso pode realmente mascarar o resultado da audiência.

      Responder
  • 14. Adriano Versiani  |  27/11/2010 às 23:21

    Acho que esse caso é um bom exemplo de como esse sistema seria muito produtivo

    Responder
  • 15. José Luiz  |  28/11/2010 às 13:03

    liberdade de expressão é isso:
    http://www.levante-se.blogspot.com/
    navegue!

    Responder
  • 16. José Luiz  |  28/11/2010 às 13:28

    não podemos dizer a esse pobre coitado que ele não tem direito de se expressar:

    Responder
  • 17. Paulo Gilberto Alves de Sousa  |  29/11/2010 às 11:24

    São uma maravilha as garantias constitucionais da livre manifestação do pensamento e da liberdade de expressão. Qualquer um, até o “coitado” a que se refere o José Luiz, tem o direito de dizer e pensar o que bem entender. Precisamos, agora, é permitir que o cidadão comum, por meio de ferramenta adequada, passe a exercer mais diretamente o poder que a ordem constitucional lhe confere.

    Responder
  • 18. teste  |  29/11/2010 às 13:34

    Hoje acessei o site da Câmara Municipal de Unaí e vi a seguinte mensagem: Confira os vídeos do Poder Legislativo.
    Legal disponibilizar os videos das reuniões e tal, mas ai me questionei: Por que não disponibilizar os vídeos em tempo real, no momento em que as reuniões acontecem? permitindo inclusive comentários de usuários. Vc provavelmente está se perguntando como isso seria possível.
    É muito simples, hoje existe uma ferramenta grátis na internet que permite isso, que inclusive foi usada pelo então candidato a Presidência, Plínio de Arruda, para comentar o debate dos presidenciaveis no segundo turno das Eleições.
    Como funciona: Vc aponta a webcam para o local onde deseja que seja captado as imagens e pronto. O mais interessante é que da para saber em tempo real, quantas pessoas estão assistindo e as pessoas podem comentar através do Twitter o que está sendo debatido.
    A Ferramenta na qual estou me referindo é o twitcam veja: http://twitcam.livestream.com/

    Veja algumas notícias a respeito do Twitcam:
    1- http://relatividade.wordpress.com/2010/11/23/twitcam-canabaliza-a-televisao/
    2- http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2010/11/27/por-twitcam-neymar-torce-pela-recuperacao-de-ganso-923129472.asp

    Penso que a Câmara Municipal deveria aderir a esse tipo de ferramenta em todas reuniões.
    Imagine como seria útil em casos por exemplo de audiências públicas, onde provavelmente não caberia todos no plenário. Enfim.

    O que acham? Vamos sugerir isso para a Câmara Municipal?

    Responder
    • 19. teste  |  29/11/2010 às 18:58

      Enviei uma email para a Câmara Municipal de Unaí a respeito da transmissão em tempo real pela internet das reuniões, sessões e etc, usando ferramentas como o twitcam, e recebi a seguinte resposta:

      (Agradecemos sua participação em nosso portal, e venho informar-lhe a idéia de disponibilizar ou não as reuniões ao vivo através do nosso portal é uma questão que já foi discutida a mais de um ano, faltando apenas a aprovação da mesa diretora, que entende que o assunto é polêmico. Sobre a forma de colocar no ar já realizamos diversos testes para disponibilizar o vídeo ao vivo e já temos softwares e ferramentas para tal. Entraremos em contato com a nova mesa diretora, que será eleita 06/12/2010, sobre essa questão.)

      Foi me informado tb que a Câmara Municipal possui um link de apenas 1 mega, o que dificultaria a implementação por agora, e que será discutido um aumento da banda para viabilizar essa forma de transmissão.

      Me parece que alguns vereadores da mesa diretora não foram convencidos da importância dessa ferramenta, sendo que irão propor a idéia para a nova mesa diretora que será estabelecida em breve.

      Eu particulamente prefiro que se use ferramentas mundialmente conhecidadas para esse tipo de transmissão, como por exemplo o twitcam, já que esse permite a interação através do twitter e tb permite a todos saber quantos pessoas estão vendo a transmissão naquele exato momento. Eu dúvido que ferramentas próprias terão essas possibilidades. Além de que ferramentas como twitcam são fáceis de usar, e de pleno conhecimento por grande parte dos jovens, o que poderia até estimular o gosto pelos assuntos referentes a política da cidade.

      Assim que fosse estabelecida a nova mesa diretora, deveríamos entrevistar os vereadores e conhecer suas opiniões referente ao assunto. Dessa forma, caso eles concordem da importância da ferramenta, não haveria empecilhos para sua implementação.

      Quem concordar que essa é uma idéia interessante, enviem emails para o site da Câmara, requisitando esse tipo de canal. Lembrando que caso fosse estabelecido uma entidade, como é pretendido aqui, seria muito mais fácil pressionar o Legislativo para que as questões debatidas aqui fossem de fato efetivadas.

      Responder

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